Músicas classicas

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Leitura intertextual, gêneros de textos diversos os quatro tipos de intertextualidade: temática, estilística, explícita e implícita







Neste exemplo6, tem-se uma paráfrase com o título do livro O Diabo veste Prada, de Lauren Weisberger7 e, portanto, com o filme de mesmo nome. O intertexto pode ser depreendido não só pela frase em destaque, como também pela imagem do legume à esquerda. Assim, independentemente do grau de explicitude, observa-se como critério para a intertextualidade em sentido restrito a construção textual a partir de um já-dito. Pode-se imaginar que, diante do enunciado "O quiabo veste prada", lembramos do título de um livro ou filme. Esse movimento retrospectivo, de reportar-se a algo já visto ou ouvido, é o que caracteriza o reconhecimento do intertexto.
É particularmente essa delimitação, a de reconhecer empiricamente um intertexto mais ou menos demarcado, que irá nortear as investigações sobre intertextualidade na linguística textual no âmbito do texto. O que não sabemos ainda é se essa mesma escolha metodológica é a que se aplica quando o objeto em análise é o hipertexto.


Observemos, pois, um exemplo representativo da modalidade em questão, de modo a conferirmos tais peculiaridades:


Ao analisarmos, percebemos que se trata de uma campanha publicitária informando aos leitores sobre a importância de se prevenir contra a paralisia infantil por meio da vacina. No que se refere à finalidade discursiva, essa é norteada pela informação transmitida a um público em massa, que, por intermédio de um discurso breve, aliado à presença de imagens, estabelece uma afinidade entre os interlocutores envolvidos.

assum-preto não é qualquer assum-preto.
é um assum-preto especial. O nordeste do Brasil está
cheio deles. Mas esse era diferente. Era cego.
Quer dizer: furaram os olhos do assum, para ele
assim cantar melhor. cantava mesmo.
E cantava mesmo. Não podia fugir, não podia voar,
só podia ficar cantando. Vai cantar para sempre, na letra
mais triste da música linda que o Luiz Gonzaga escreveu.
INTERTEXTUALIDADE IMPLICITA EM ANÚNCIO PUBLICITÁRIO

Este trabalho tem como objetivo fazer uma análise de anúncios publicitários, retirados de revistas, jornais, internet, com a finalidade de interpretá-los, utilizando uma visão ampla, através de estudos e pesquisas da lingüística portuguesa com a ajuda do conhecimento de mundo. Dividiremos tal artigo em tópicos, com citações e exemplos, para que seja compreendido por todos. Em tais artigos iremos efetuar a análise intertextual implícita, utilizando as técnicas ensinadas em sala de aula e pesquisas relacionadas ao assunto, mostrando o ponto de vista do autor e o nosso, como interlocutores, propondo passar a idéia implícita e explícita de cada artigo publicitário. A intertextualidade implícita em anúncios publicitários é utilizada com a intenção de persuadir o leitor a aderir tal idéia, comprar tão produto ou serviço. Mais adiante aprenderemos o objetivo de um profissional de publicidade ao criar uma propaganda utilizando-se desde recurso da língua portuguesa. Nesse sentido, altera-se o enfoque, a metodologia e as estratégias do ensino de língua portuguesa, que trata não apenas das normas, mas abre espaço também para um trabalho integrado à leitura, à produção de textos e à produção de sentidos para a reflexão e para a pesquisa dos fatos lingüísticos do cotidiano. artigo a cima da marca de desodorante, Axe, nos traz a imagem de um rapaz utilizando o produto, além de três embalagens do mesmo com suas respectivas fragrâncias, acompanhada do texto “Axe Compact, o aerosol que cabe no seu bolso”. Tal texto faz alusão ao dito popular já utilizado em muitas outras propagandas de produtos e serviços, que se utilizam da linguagem “que cabe no seu bolso” para denotar o que tem um bom preço, que se encontra no orçamento do cliente, o qual a maioria dá preferência, além do texto deixar implícita a característica do desodorante compacto, que como já diz o nome, é compacto e cabe no bolso do usuário.
Coesão textual
Leitura e produção de texto em língua portuguesa


Assunto: Elementos de coesão textual (Anáfora e catáfora).


Estudantes são baleados dentro de escola estadual em Minas Gerais

O suspeito de ter atirado disse à polícia que sofria bullying.

Um deles foi atingido na barriga e o outro, no ombro e na orelha.


Dois adolescentes de 15 e 16 anos foram baleados hoje, dentro de uma escola estadual em Santa Luzia, na região metropolitana de Belo Horizonte. O suspeito de ter atirado disse à polícia que sofria bullying de uma das vítimas.
A escola estadual fica na periferia de Santa Luzia. Eram sete da manhã quando os alunos ouviram os tiros.
Os dois adolescentes ainda estavam no corredor, no segundo andar da escola, perto da entrada da sala onde estudam. Um deles foi atingido na  barriga  e o outro, no ombro e na orelha.
Depois de atirar o estudante fugiu. Uma arma foi apreendida com Alexandre Esteves dos Santos de 19 anos, que foi preso em casa. Segundo a policia ele atirou cinco vezes e confessou o crime.
"Ele é portador de necessidades especiais. Ele tava sofrendo aí agressões e o pessoal também chamando ele na escola de gordo, e ele aproveitou que o tio dele que é policial militar estava dormindo... pegou esse revolver", explica o tenente da PM, Rodrigo Lima Ferreira.
A escola diz que faz um trabalho de conscientização com os estudantes para evitar o bullying.

"Ele é um aluno tranquilo, um aluno de aprendizagem razoável. Nessa linha da violência, não é violento", finaliza o assessor da secretaria da Educação de Mina Gerais, José Lopes.

Nenhum dos dois meninos baleados corre risco de morrer. Segundo a Secretaria Estadual de Educação, a direção da escola admitiu que chegou a ser procurada por uma vizinha do atirador, para alertar que o menino estava sofrendo bullying, mas os pais do estudante disseram que não sabiam do problema.
Texto, contexto e intertexto:


O texto

Um texto pode querer emocionar, convencer, transformar, confirmar, negar ou até mesmo acusar. Qualquer texto por mais objetivo e neutro que ele possa parecer, manifesta um posicionamento frente a alguma questão. Perceber o objetivo e a intenção de um texto é sinal de boa leitura. Um bom entendedor capaz de fazer boas leituras ler nas interlinhas, ele entende o que esta dito e o que não esta dito, o explicito e também o inplicito, percebe o texto como um todo o que inclui também o contexto.

O contexto.


O contexto. Em qualquer texto o significado das frases não é interpenetrante, por isso as frases não podem ser compreendias isoladamente. Uma frase pode ter significado diferente de acordo com o contexto que se insere. Exemplo, a frase, "É fogo", tem significados diferentes de acordo com o contexto (1º É fogo quer dizer é dificio, complicado / 2º É fogo pode significar um incêndio). Dentro de contextos diferentes a mesma frase pode ter significados diferentes, por isso é tão importante levarmos em consideração o contexto.


Para que vieste
Na minha janela
Meter o nariz?
Se foi por um verso
Não sou mais poeta
Ando tão feliz!
Se é para uma prosa
Não sou Anchieta
Nem venho de Assis
Deixe-te de histórias
Some-te daqui.

Autor (Vinicius de Morais)

Vinicius de Morais em seu texto poético faz duas referencias, "Não sou Anchieta / Nem venho de Assis", referindo-se a Anchieta e a Assis, compreendemos o poema melhor se soubermos o que ele queria dizer. José de Anchieta era um padre que escrevia poema na beira da praia, já Assis e a cidade onde nasceu são francisco padroeiro dos animais. se conhecemos os significados testas referencias, os versos  "Não sou Anchieta / Nem venho de Assis", se ampliam e possibilitam uma interpretação mais profunda. Vinicius de morais reforça a ideia de que talvez não estive-se afim de conversar com o passarinho. para melhor compriender as referencias que os autores fazem e as associações entre o texto e o contexto é preciso ler muito. A leitura é um caso tipico de guando mais melhor ao contrario do chocolate, que de mais engorda. Mais se estivermos fora do contexto,perdemos o rumo da historia. 


O intertexto

O intertexto é um texto dentro do outro, citações são muito comum em nossas conversas e leituras. Citações é um recurso interessante a ser usado, mas é preciso ter guidado, pois ao fazer isso é preciso dar credito de autoria a que criou a citação, principalmente ao escrevermos, caso contrario estaremos fazendo um plagio. Exemplo:

Canção do exílio

Minha terra tem macieiras da Califórnia
onde cantam  gaturamos de Veneza.
Os poetas da minha terra
são pretos que vivem em torres de ametista,
os sargentos do exército são monistas, cubistas,
os filósofos são polacos vendendo a prestações.
A gente não pode dormir
com os oradores e os pernilongos.
Os sururus em família têm por testemunha a Gioconda.
Eu morro sufocado
em terra estrangeira.
Nossas flores são mais bonitas
nossas frutas mais gostosas
mas custam cem mil réis a dúzia.
Ai quem me dera chupar uma carambola de verdade
e ouvir um sabiá con certidão de idade!

Ver canção do Exilio de Gonçalves Dias (Poemas de 1925-1931)
Murilo Mendes 


Textos poéticos também podem fazer citações, pois com muita frequência um texto retoma passagem de outros, promovendo um verdadeiro dialogo entre texto. Um exemplo muito comum é o da música folclórica peixe vivo, interpretada por Vinicius de Morais e de Manoel Bandeira. 

Peixe Vivo
Vinicius de Morais

A minh'alma chorou tanto,
Que de pranto está vazia
Desde que aqui fiquei,
Sem a tua companhia

A minha alma chorou tanto,
Que de pranto está vazia
Desde que aqui fiquei,
Sem a tua companhia

Não há pranto sem saudade
Nem  amor   sem alegria
É por isso que eu reclamo
Essa tua companhia
É por isso que eu reclamo
Essa tua com...panhia

Como pode um peixe vivo
Viver fora da água fria?
Como pode um peixe vivo
Viver fora da água fria?

Não há pranto sem saudade
Nem  amor  sem alegria
É por isso que eu reclamo
Essa  tua  com...panhia
É por is....so que eu re..clamo
Essa tua companhia

Como poderei viver
Como   po..derei viver
Sem a tua,  sem a tua
Sem a tua  com...panhia?
     
É por isso que eu reclamo
Essa tua  com...panhia
Sem a tua,  sem a tua
Sem a tua  compa...nhia?

E é por isso que eu reclamo
Essa tua companhia


A estrela
Manuel Bandeira                                                                 

Vi uma estrela tão alta, 
Vi uma estrela luzindo                     
Na minha vida vazia.
Era uma estrela tão alta!
Era uma estrela tão fria!
Era uma estrela sozinha
Luzindo no fim do dia.
Por que da sua distância
Para a minha companhia
Não baixava aquela estrela?
Por que tão alta luzia?
E ouvi-a na sombra funda
Responder que assim fazia
Para dar uma esperança
Mais triste ao fim do meu dia.
(BANDEIRA, 2003, p. 108).


O verso, "Sem a tua companhia", nos leva a canção popular do peixe vivo. Percebemos melhor um intertexto, ou melhor, as referencias de um texto a outro se ampliamos nossos conhecimentos de literatura e de outras manifestações culturais.